quarta-feira, 16 de março de 2011

29º Bienal em BH e Exposição A Carta da Jamica na Oi Futuro - BH



Demorei demais para ir,sempre protelando para mais um dia e assim ia,agora que terminei a Guignard e morando em Santa Luzia confesso ficar com um pouco de preguiça de descer até o centro, ainda mais que de carro durante a semana é "chatérrimo" de estacionar. Prefiro ir ao palácio nos domingos, logo após a feira (me recuso a dizer "Feira Hippie"como também é conhecida por aqui, porque, desta cultura passa bem distante...)da Afonso Pena.

Quando vi no jornal de que seria a última semana,parei e disse não haveria mais como adiar minha visita a exposição e então fui ver as tão comentadas obras desta Bienal.
Amei a exposição,várias obras cativaram meu olhar, muitas delas trazendo reflexões sobre grandes injustiças cometidas e o avanço-não avanço da realidade política que vivemos. Também confesso: dei grandes risadas com a instalação de Jimmie Durham e seu " Bandeirante" moderno.
Pude ver também pela primeira vez o  B33 Bólide caixa18 “Homenagem a Cara de Cavalo”, 196 de Hélio Oiticica e as notas de dólares de Cildo Meirelles em  Inserções em circuitos ideológicos: Projeto
Cédula, 197. Outra artista importante que vi foi Ligya Pape (referencia para minha pesquisa em arte), com o seus trabalhos: "Lingua apunhalá-da" e "Divisor".

Também amei ver exposto a mineira de Belo Horizonte Cinthia Marcelle e o artista Efraim Almeida (do qual já havia visto em uma exposição individual aqui em BH, na época curadoria de uma professora minha da Guignard Janaína Melo.

Também vi os desenhos de Gil Vicente são muito lindos (falando mesmo da sua habilidade no desenho)! Mas como o impacto e a repercussão do seu trabalho já havia sido tão grande quando o apresentou na Bienal de São Paulo,confesso que o observei sem tão grandes surpresas e emoções.
Outro artista que pude contemplar foi Artur Barrio em uma importante instalação. Instalação, esta, que percebi causar reações adversas no público.Tive a oportunidade de conhecer este trabalho de Artur Barrio ainda na faculdade, então sabia do que se tratava, mas ao contrário dos que me causou os desenhos do artista Gil Vicente, a instalação de Artur Barrio me causou um maior interesse e impacto.

Como estou muito ligada na fotografia neste tempo, não poderia deixar de citá-las. Amei o trabalho da Rosangêla Rennó, artista esta que já tenho por referencia em minha carreira artística e dois trabalhos bem peculiares como o de Jonathas Andrade, que diagramou as palavras com fotografias que as identificassem, fazendo uma referência ao método de ensino de Paulo Freire a alfabetização.O layout das fotos me remeteram um caráter bem "Kitsch", todas estas condições da obra exposta me levaram a uma reflexão de como usamos as palavras, classificando imagens como formas muito reducionistas das realidades. Ainda das fotografias da artista Alessandra Sanguinetti que me atrairam com as cenas montadas e interpretadas por duas adolescentes (por quem a artista teve contato durante um tempo), interessantíssimas e super fakes me faziam avaliar a percepção do outro na concepção das cenas (sugeridas pelas garotas) e o resultado final.

Todas estas obras que citei se encontram neste PDF. é só ir conferir, nele estão todas as obras (escolhidas para participarem da exposição itinerante por várias cidades brasileiras) dos artistas expostas na Bienal

http://www.fcs.mg.gov.br/imagensDin/Arquivos/4327.pdf

A Exposição " A carta da Jamaica" complementou para mim a realidade mostrada pela Bienal, mostrando aos convidados o bicentenário da Independência da América Hispânica através da visão de cada artista em dar um enfoque sobre a real realidade hoje vivida de seus países.



 A exposição : A Carta da Jamaica acontece do dia 09 de fevereiro ao dia 3 de abril no Espaço Oi Futuro - BH
Horários: De terça a sábado, das 11h às 21h, domingo, das 11h às 19h
Entrada franca


Já a 29º Bienal em Belo Horizonte só vai até esta semana, terminando no dia 20 de março no Palácio das Artes e no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia em Belo Horizonte.
Horários: terça-feira a sábado de 9h às 21h; domingo de 16h às 21h
Entrada Franca

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