segunda-feira, 28 de junho de 2010

Hamlet - Alexandre de Carvalho Mury

Gosto muito trabalhos que fazem uma releitura de obras de arte já consagradas, fiz um trabalho para a aula de fotografia assim (post mais antigo) onde pegava quadros de mesas (ceias) de artistas famosos. A partir dos quadros construía os meus cenários e os fotografava, depois de fotografar as cenas ,transformava-as no photoshop para atingirem o efeito que queria! Foi um trabalho bem prazeroso e que dialoga bastante com os limites do que seria a  fotografia e a pintura hoje, além de fomentar a questão que vai além da estética,  questionando o narcisismo contemporâneo, com a tamanha facilidade na produção de auto-imagens e acessibilidade a auto-exposição nas novas mídias.


Hoje quis trazer a vocês um artista que tem feito um trabalho neste sentido. Seu nome é Alexandre de Carvalho Mury


"Não tem como não olhar para os auto-retratos do capixaba Alexandre Mury e não esboçar ao menos um sorriso. 
Uma fotografia dele já faz parte da coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Debochado e irônico, há quem o associe à americana Cindy Sherman, que nos anos 70 se registrava como uma atriz anônima em poses que lembram filmes b.
Mas não é preciso ir longe assim para reconhecer Mury como um bom artista, desses que arriscam, sabe?
Seu Hamlet com rolos de papel higiênico no pescoço é divertido e corajoso.
Por Gisele Kato

Mais informações no site da revista Bravo!


                                                     As três Fridas









 Comparação com a fotográfa Cindy Sherman

Cindy é uma artista conceitual que trabalha com fotografia.

Sherman nasceu em 1954 em Nova Jersey. Construiu sua carreira em Nova Iorque e ficou popular com a série inciada em 1978, “Untitled Filme Still” – auto retratos em que encenava papéis ligados ao gênero feminino, como a moça do interior, a atriz ou a dona de casa, criticando a  representações da mulher como objeto do olhar masculino. A artista buscava essas personagens no cinema das décadas de 50 e 60 e utilizava o figurino, o ambiente e os códigos que permitissem alcançar a representação do tipo imaginado.
Em seus últimos trabalhos a série : " Fashion" aborda o envelhecimento além das questões que já apareciam em seu trabalho há pelo menos 30 anos: gênero, identidade, voyerismo e aparências.

A série “Fashion” faz parte de um grupo de trabalhos de Sherman  posterior, que se afastam da sensações nostálgicas para construir imagens em que a ironia e a crítica ficam mais evidentes. Parodiando as imagens da propaganda de moda nos anos 80, o resultado apresentado por Sherman se afasta do esteticamente bonito perseguido pelo mundo da moda e oferece imagens bizarras, repletas de constrastes e confusão entre indivíduo/estereótipo cultural.








Detalhe:  ela (Cindy Sherman) sempre é a fotografada

Vale a pena conhecer mais!


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