Confissões de uma bailarina:
Bianca Skov
Dançar em minha opinião é uma expressão de espontaneidade. Explosão de sentimentos que expressados pelo corpo formam desenhos no ar.
Trás a tona a força da juventude, mesmo para aqueles, há quem muitos anos já viveram. Alimenta o coração que bate mais forte, como que se apaixonando pela primeira vez, embalado pelo compasso das ondas sonoras.
Emoções são o pulsar da minha dança e ao mesmo tempo em que meu corpo se torna eletricidade rítmica, em apenas alguns instantes essa intensidade culminará em uma doce e singela poesia de gestos alongados.
As marcas que meu corpo carrega, foram forjadas pelo tempo através de esforço e superação, e quando penso ter o controle percebo que há muito que perseverar na busca de um movimento perfeito. Percebi então que vãs são as ilusões dos aplausos e elogios que me cercavam, pois dentro de mim existiam grandes espaços vazios que nunca seriam respondidos por apenas buscar a dança em si mesmo.
Então em minha busca, a necessidade de dizer profundamente o que sinto se tornou o impulso de meu movimentar e algo superior toca meus sentimentos quando danço hoje.
Danço o amor.
Danço transformação.
Danço a liberdade de uma nova vida de comunhão.
Hoje reconhecendo a razão de meu dançar, entendo que “para Ele e por Ele são todas as coisas!”.
Ao Deus em quem confio dedico meus gestos em orações silenciosas, os quais se tornarão devocionais, soltos no ar, carregados pelo vento.
E nem mesmo as muitas águas apagarão este amor que nos unirá por toda eternidade.
”Quando dança queria que fosses como a onda do mar, para que nunca fizesses outra coisa.” (Shakespeare).
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